quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Morreste

Triste és, triste serás...
Os teus sentimentos vulneráveis foram atracados no fundo do meu coração...
Eu morri...
Mas tu também morreste!


segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Se existir dor...

Se existir dor, não te deixes ficar, não te permitas desistir. Um dia tudo será claro, as lágrimas ter-te-ão deixado ver coisas que mais ninguém vê, o peso do mundo nos teus ombros será ocupado por asas leves e luminosas, os gritos mudos vão libertar-te das correntes... E embora ainda exista dor, vais poder voar.


Joana Inocêncio (Luna)



quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Loss - Cut Up, Depressed, and Alone



Carving... my skin
Reveals... the face... of... tragedy

Better... to feel
The pain... fully
Than to drift
In the emptiness

Between nothing
And sadness

Cut up
Depressed
Alone

Wounds as deep (as any) burial
(And) sorrow deeper than any wound
I gave (myself)
Thicker than any scar
I left
For me
There is no hope

Left alone in here
For there is no escape
A life painted with blood (and loss)
The wrists to my freedom welcome razors edge

And these wounds of mine will never fucking heal
All that's left is loneliness, there's nothing left to feel

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Advento da Revivescência

As flores sangram de clemência e jubilo pela tua chegada. Elas libertam essências e cânticos entre os prados da alma. Os anjos rogam felicidade e dor pelo meu coração amparado, criando uma atmosfera amarga e cadenciada.


- És a ressurreição da primavera e o funeral do inverno.
-

O meu coração aquece a cada momento, sentindo o teu ardor junto ao meu corpo. A morte perde sentido nas minhas palavras e a vida renasce entre elas.


O amor brota novos sentidos no meu dicionário, aprendendo e reinventado termos complicados de exprimir os sentimentos.

O brilho dos teus olhos são como guias entre a escuridão. A tua mão, como uma corrente infinita, que desencaminha as loucuras da minha insanidade.

És a luz. És a razão da minha existência. Há muito tempo atrás, a minha vida não tinha nenhum significado.

Tu vieste. Chegaste. Quebraste o meu coração.
Mas será que vai ser eternamente?




Sorrow rebuild me as I step out of the light
Misery strengthen me as I say my goodbyes

I heal my wounds with grief
And dream of you
And weep myself alive...

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Emancipação "Acética"

Possuo uma alma rude e fria para apenas cegar os olhos dos fracos. Tento me enganar com ideologias loucas e sem traduções, sem conseguindo entender o porquê.

Na verdade, sou simplesmente um débil dos fracos. Sou tão fraco quanto eles. Não sou ninguém sem eles.

A solidão persegue-me e não me quer largar. Este peso sobre minha alma está a me destruir.

(E penso: Não sei se consigo suportar por muito tempo!)

Este desespero cega a minha mente, cogitando loucuras e soluções para libertar desta dor. Esta agonia me acalcanha profundamente. Estrangula a minha garganta. Esfola a minha pele. Mata a minha sanidade.

(E penso: A solidão é a luz na minha escuridão. A luz é a escuridão da minha vida. A escuridão é a luz da minha mente.)

Irritabilidade a todo momento. Inquietação a cada minuto. Desespero a cada segundo!

Cometi a liberação com incisões, que rapidamente arrependi.
Não são os golpes que me irão retirar a amargura. Não é a dor que me irá fazer sentir melhor. Meramente faz me sentir inferior e débil!

Contudo não desisto! Eu irei combater todos estes fantasmas que me perturbam.

(Exclamo: Mais uma vez libertei a “besta” que me ruminava!)

A luta continua…

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

"I tried to kill the pain
but only brought more...."








"Am I too lost to be saved
Am I too lost?"

sábado, 21 de agosto de 2010

Angel Of Death

Angel of Death,

Take care of me every moment.

Keep my agony release on your wings.


Guardian of my nightmares,

Your sacred feathers flew my soul.


Raise the evils of property.

Be the torch of my ways.

Don’t be ashamed of the disagreements.

You are the only solitary prince of darkness.

terça-feira, 4 de maio de 2010

Hide From The Sun

Sei como é sentir-se só neste mundo cruel,
Onde os corações são predestinados a tornarem-se em pedra.
Estar cansado de respirar o ar impuro do mundo,
É estar destinado a viver uma vida sólida.

Tudo está indo…caminhando errado.
Não sei se consegues suportar a dor!
Porque estar entorpecido demais
Torna-se difícil de acreditar em alguma coisa mais.

Toda a força se vai paulatinamente
E perduram muitas coisas não ditas e obras interditas.

Fácil é desistir!
Entregando o desespero de mãos dadas a uma criatura fria e cruel dos infernos,
E vendendo o sangue da dignidade de Agnus Dei a um espírito maligno.

Para perder a alma e todos sentimentos é acessível!
Basta querer sentir a escuridão esvaecer sobre a vida,
E tudo o que é existente fica em vão!

Sepultando na tristeza da alma em chamas,
São palavras fleumáticas de um coração destroçado.
Mundo de sangue e profecias antigas,
Eu viverei no oculto silêncio do sol devastado!

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Painful Farewell

Crucifixo o meu corpo numa penosa cruz, querendo sentir a dor dos cravos perfurarem em minhas mãos e meus pés. E numa chaga fatal, uma lança perfura em meu coração, matando o meu enigmático crepúsculo.
Fiz uma promessa a uma rosa, mas esse juramento cicatrizou-se nas linhas torcidas do meu caderno. O lado negro do éden desvaneceu em sua vida.
Eu sei o quão isso te magoou, ferindo teus sentimentos e pensamentos. Tentaste ensinar-me a derrotar o vazio, caminhando-me sobre as trilhas do amor, tal tarefa tão árdua, que foi espinhosa para ti. Eu quebrei todas as regras nesse jogo sem fim, que já se chamou de amor.
(The light from the darkness is my refuge for these brief moments...)
Destruí o termo amor, gerando um conceito impiedoso e sem clareza.
Não há qualquer forma para auferir teu perdão. Não há sentido em lutar pela tua compaixão. Já é tarde! Não há volta atrás.
(I want to breathe the eternal silence…)
Assim me despeço, numa forma mortífera e néscia. A minha voz e meu corpo faleceram. Eles desvaneceram como penas sombrias sobre o céu, sacralizando-se em rosas negras, símbolo desta sádica despedida.
Walking in a saddened wound,
They are wrong choices of a crazy world.
The hell preached in our lives.
I lost everything, even my soul.



segunda-feira, 29 de março de 2010

Duas Décadas!

No dia 21 de Março de 2010 concretizei o meu vigésimo aniversário. Recebi algo de mais precioso que qualquer Homem gosta de auferir: amor, carinho e entre outros afectos da família e amigos.

Como o tempo passa!

Noutro dia, estava eu no meu quarto ouvir música. Por minutos estaquei-me na minha mente. Parei para pensar nas etapas do meu crescimento. Recordei de todos os doces momentos que passei, das brincadeiras, situações ridículas e incrédulas, que de certa forma foram até afortunadas. Encetei logo a rir.

Mas, durante a meditação, revivi as amarguras e dores que enfrentei. As fraquezas, sofrimentos e entre outros sentimentos de indignação e repulsivos que maltrataram minha alma. Eu bem tentei apagar com uma borracha as tais paisagens da vida, contudo as marcas e manchas estão ainda presentes na minha memória.


Todavia, eu dou um grito de glória! Eu lutei, enfrentei e cresci. Estou aqui! No presente! O passado cessou!

Eu tenho crescido como pessoa e o meu engrandecimento há-de continuar, até que a vida o permita.

Para finalizar, quero salientar a importância da minha família, pois são eles que me têm acompanhado minha crescença. Foram eles que estiveram sempre ao meu lado nas minhas fraquezas. Foco ainda a ELE. Eu sei que Tu estás ao meu lado. É n’Ele que refugio. Agradeço-Te ainda, por todas as bênçãos que me tens concebido. Adonai Aba Pai.

Sei que quem ler isto vai-se rir, achar-me ridículo. Mas não quero saber!

Sou eu! Sou feliz! =)

segunda-feira, 22 de março de 2010

Soul Of Blade

Life made us a promise of hell
Smashing slowly our bodies.
The death created a heaven of despair
Housing the damaged souls.

C’mon darkness
Dance with me in a loving ritual.
Bring me a new life.
Resurrect a hopeful light
From the lost soul of blade.

I'm cold.
A cold so deep and internal
That makes me scratch every piece of me.
I want to cry and scream
Drop all my mixed feelings.

I can’t breathe peace.
My throat is too dry express anything.
I drink the blood from the heart
That is able to dehydrate my soul.

C’mon darkness
Dance with me in a loving ritual.
Bring me a new life.
Resurrect a hopeful light
From the lost soul of blade.

sexta-feira, 5 de março de 2010

Goodbye Old Friend

So many times I worried you
So many times I gave you a hug when you cried
So many times I said: Be strong, I’ll always be by your side.

They hurt so much when I was stabbed from behind.
Your ungrateful laughter, joyful and animalistic
Trying to hurt my heart

You walk with the head on
Believing that you are great, heroin, glad.
In essence, your emptiness follows you all the time.
There is nothing to do about your loneliness.

My hatred doesn’t cause anything in you.
Just hurt me, only me, me and no more than me.

Goodbye
Goodbye old friend
You faded from the endless dark
The choice was yours, merely yours...



Dedicado: Tu sabes!

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

"Uma Casa Na Escuridão" (excerto) - José Luís Peixoto

«Ser feliz por momentos é algo de que não se deve ter vergonha. Momentos que o fim torna ridículos.
A felicidade, como o amor, é um sentimento ridículo. Mas a felicidade, como o amor, só é ridícula quando vista de fora. A felicidade, como o amor, só é ridícula antes ou depois de si própria. A felicidade, são momentos que, no seu presente fugaz, são mais fortes do que todas as sombras, todos os lugares frios, todos os arrependimentos. Ser feliz em palavras que, durante essa respiração breve, mudam de sentido.
E nem a forma do mundo é igual: o sangue tem a forma de luz, as pedras têm de nuvens, os olhos têm a forma de rios, as mãos têm a forma de árvores, os lábios têm a forma de céu, ou de oceano visto da praia, ou de estrela a brilhar com toda a sua força infantil e a iluminar a noite como um coração pequeno de ave ou de criança.
Momentos que o fim torna ridículos. Momentos que fazem viver, esperando por um dia, depois de todas as desilusões, depois de todos os arrependimentos e fracassos, em que se possa viver de novo, para de novo chegar o fim e de novo a esperança e de novo o fim.
Não se deve ter vergonha de se ser feliz por momentos. Não se deve ter vergonha da memória de se ter sido feliz por momentos.»

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Doce Sacrifício

Corpo imundo, olhos negros, alma impura.
Os sentimentos confusos e dolorosos
Navegam na minha ridícula inteligência.

Sinto-me culpado por tudo.
As palavras são vazias, curtas, sem sentidos.
Minha mente está envenenada.
As lágrimas escorrem na minha face
Saboreando a seiva e a dor...

Já não possuo forças para carregar com o mundo as costas.
O doce sacrifício é a minha única solução.

(O suicídio incorpora nas minhas veias,
Acompanhado com o cântico fúnebre.)

Corto os meus pulsos
E o sangue escorrega entre os meus braços.
O vermelho e o negro
Configuram a minha visão.

Ingiro o sangue sujo,
O sangue contaminável do corpo,
E com ele me baptizo: a Fera Humana.

O fogo,
Queima os excrementos da mente
E por seiscentas e seis vezes
O grito da alma exorciza.

Coração assassino,
Sem amor e sem compaixão.
Rastejando entre o pó da terra,
Engolindo tudo aquilo que plantou.