terça-feira, 10 de abril de 2012

Desentendimento...

Cortando-me aos pedaços

E costurando as estigmas atribuladas.

Ritos mútuos e contínuos,

Apaziguadores de uma alma procriada.


Não entendo tanta dor,

Não entendo este tormento.

Oh medo, tu revives dentro de mim

Flagelando a minha alma sem nenhum pudor.


O silêncio é a melodia do sofrimento.

A escuridão - a metafísica do questionamento.

O discernimento - a perdição dentro do momento.


Decidi definitivamente não acordar.

Não há razão para batalhar,

Não há nada que me faça acreditar.



Por isso, por uma última vez, abro os meus olhos

E observo o céu sombrio da terra.

Ele é tão gracioso e penoso ao mesmo tempo,

É a tela permanente à mais de uma era.


É a representação obscena da interrogação…



1 comentário:

  1. Bastante profundo e intenso, penso que, até mesmo negativo. No entanto, gostei muito de ler. Mais um agradável momento de leitura. Obrigado!

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